terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Pesquisa sobre degradação de sacolas plásticas

Pesquisa do IPT sobre a degradação de materiais das sacolas de supermercado . Vejam:
http://agencia.fapesp.br/15146
Esta eu vou acompanhar...

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Ainda sobre as sacolas plásticas: os tons de cinza na bandeira verde

Interessante toda esta polêmica em razão das sacolas plásticas.
Primeiro porque não imaginava que ia dar tanta discussão, o que, no final, acabou sendo uma coisa boa: é fundamental que as pessoas se envolvam mesmo no debate, que se interessem e expressem o que pensam. Segundo porque, no meio de tanta conversa, foram surgindo questões e questionamentos que estão no centro do problema ambiental, como a própria "ecologização" da sociedade e como esse processo está se desenvolvendo. E, terceiro, porque é uma oportunidade boa para que a sociedade possa estabelecer uma crítica sobre isso, usar a contra-ideologia para fazer o debate evoluir e aprimorar futuros projetos para o tal "mundo sustentável".
Para ir um pouco além, é preciso voltar atrás para ver que a etapa de retirar a distribuição gratuita das sacolas plásticas em São Paulo está baseada um acordo entre o Estado de São Paulo e a Associação Paulista de Supermercados (Apas). Procurei na internet o texto do termo de acordo que foi assinado, mas não o encontrei. Portanto, se alguém o tiver, por favor, encaminhe para mim.
E o problema começa aqui. Como é que as pessoas podem compreender com clareza e certeza, algo que não tem total conhecimento? Se se trata de um ato que envolve o interesse de todos, por que só alguns podem ter acesso a ele? Mesmo que a maioria não esteja interessada em saber de todos os detalhes da negociação, há aqueles que querem saber, mas que terminam recebendo as informações "mastigadas", interpretadas por terceiros. Talvez a maioria das pessoas não esteja se importando com isso, mas certamente para alguns - e eu me incluo nesta lista -, o simples fato de não haver fácil acesso é algo que incomoda, que ressabia.
De qualquer modo, prosseguindo, pelo que tenho lido e visto nos canais de comunicação, este ato é um acordo que não tem força vinculante, ou seja, não obriga ninguém a fazer nada e funciona como uma espécie de forte "recomendação" para que não sejam distribuidas gratuitamente. Não é lei, no sentido estrito, ou seja, aquela obrigação que nasce de um processo legislativo; talvez seja até obrigatória, juridicamente, aos associados da Apas, mas, à falta de acesso ao texto do acordo, não é possível fazer uma afirmação categórica sobre o assunto.
Por outro lado, outro aspecto que me deixa um pouco duvidosa sobre esse acordo é o fato de que os supermercados não acharam nem um pouco ruim a medida e tem se valido disso para afirmar que estão contribuindo para a salvação do planeta. É claro que o fato de coincidir com os interesses dos supermercados não tira, por si só, o mérito da iniciativa, mas fico aqui pensando se a situação fosse diferente, por exemplo, se a adesão ocorreria sem protesto se fosse o caso de impor algum tributo verde ou algo que implicasse algum tipo de oneração. Ou seja, é fácil ser ecologicamente correto quando isso traz só benefícios.
Além disso, tem sido divulgado por aí que um alto percentual de consumidores concorda com a medida. Mas, em que termos os consumidores estão concordando? Com os benefícios ao meio ambiente? Com a eliminação da distribuição gratuita? Com o fato de que vão ter de comprar sacos plásticos para dispor seu lixo? Possivelmente a resposta não seguirá em um único sentido, mas isso acontece justamente porque o problema não é único, pontual. A solução de um problema, por estar dentro de uma realidade com diversos aspectos direta ou indiretamente conectados, implica o surgimento de outros, portanto, não se trata de simplesmente eliminar um único problema, mas de estar preparado também para os outros que advirão daquela solução.
Insisto, mais uma vez, na questão do lixo. Uma discussão sobre sacolas plásticas sem tratar do problema de como acondicionar o lixo nas casas é uma discussão parcial e, portanto, altamente sujeita a resultados equivocados. Que alternativas (viáveis, frise-se) estão sendo pensadas para a substituição das sacolas plásticas como saco de lixo? E, se o lixo se torna um problema de todos, pelo menos quando sai porta afora de nossas casas, onde está o Estado para oferecer soluções? E onde entramos nessa história para fazer o Estado cumprir o dever que ele assumiu e é pago para executar, que é promover a limpeza pública?
Não se trata, portanto, de ser contra. Mas de pensar criticamente, sem simplismos, e aceitar que problemas complexos exigem soluções igualmente complexas. Em matéria de meio ambiente, se olharmos bem de perto, há muito menos verde do que cinza: um cinza que se compõe da mistura de pequenos pontos pretos e brancos.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Açúcar, esse doce mal...

Notícia interessante a respeito das doenças relacionadas ao açúcar e a necessidade de sua regulação: http://agencia.fapesp.br/15121.
Vale conferir.