Hoje pela manhã, assistindo ao noticiário, ouvi um comentário que soou mal aos meus ouvidos: um consultor de segurança - pois é, há especialista para tudo - ao analisar o crescimento do mercado de blindados no Brasil, constatava que, porque o Poder Público não responde adequadamente à necessidade de segurança da população, caberia ao cidadão, então, encontrar suas maneiras de se defender da violência.
Mesmo descontando o fato de que este é o ganha-pão dessa pessoa, o que me parece preocupante nessa afirmação é o fato de corroborar uma prática que tem sido cada vez mais comum aos brasileiros: a busca por soluções individuais para problemas coletivos. Segurança pública não se resolve com cercas elétricas e blindagem, assim como questões ambientais graves como a do lixo ou da poluição atmosférica das grandes cidades não serão definitivamente solucionadas apenas com o sacrifício individual dos consumidores, consumindo menos, pagando mais caro por produtos ecologicamente corretos ou deixando seus veículos particulares na garagem uma vez por semana. Por mais que o cidadão se desdobre para impedir que a violência invada sua casa, somente a segurança pública, proporcionada à coletividade em geral, é que poderá oferecer a tranqüilidade e a paz que todos (e não só os que podem pagar por isso) merecem ter, da mesma maneira que, por mais que o consumidor se esforce para diminuir o impacto de suas escolhas de consumo sobre o meio ambiente, somente políticas públicas bem elaboradas e rigorosamente executadas é que poderão proporcionar um ambiente mais sadio e equilibrado, mediante a oferta de tratamento adequado aos resíduos sólidos ou transporte público eficiente, apenas para citar exemplos.
Precisamos estar atentos para não nos deixarmos levar, até de modo inconsciente, por esses discursos. Mais do que nunca, diante de questões coletivas de magnitude, reivindicar direitos, especialmente os direitos sociais dos quais todos somos titulares, pode ser um caminho difícil, porém o único que capaz de proporcionar soluções mais efetivas.
Mesmo descontando o fato de que este é o ganha-pão dessa pessoa, o que me parece preocupante nessa afirmação é o fato de corroborar uma prática que tem sido cada vez mais comum aos brasileiros: a busca por soluções individuais para problemas coletivos. Segurança pública não se resolve com cercas elétricas e blindagem, assim como questões ambientais graves como a do lixo ou da poluição atmosférica das grandes cidades não serão definitivamente solucionadas apenas com o sacrifício individual dos consumidores, consumindo menos, pagando mais caro por produtos ecologicamente corretos ou deixando seus veículos particulares na garagem uma vez por semana. Por mais que o cidadão se desdobre para impedir que a violência invada sua casa, somente a segurança pública, proporcionada à coletividade em geral, é que poderá oferecer a tranqüilidade e a paz que todos (e não só os que podem pagar por isso) merecem ter, da mesma maneira que, por mais que o consumidor se esforce para diminuir o impacto de suas escolhas de consumo sobre o meio ambiente, somente políticas públicas bem elaboradas e rigorosamente executadas é que poderão proporcionar um ambiente mais sadio e equilibrado, mediante a oferta de tratamento adequado aos resíduos sólidos ou transporte público eficiente, apenas para citar exemplos.
Precisamos estar atentos para não nos deixarmos levar, até de modo inconsciente, por esses discursos. Mais do que nunca, diante de questões coletivas de magnitude, reivindicar direitos, especialmente os direitos sociais dos quais todos somos titulares, pode ser um caminho difícil, porém o único que capaz de proporcionar soluções mais efetivas.
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