quarta-feira, 2 de abril de 2008

Eu faço, tu fazes, ele faz... E, de repente, NÓS fazemos!

Não sei se na sua casa é assim, mas na minha era: ia ao supermercado para comprar um refri grande, um pãozinho, uma caixa de sabão em pó, e lá vinha um monte de sacolinhas! Duas para o refri, porque são tão fininhas que é preciso usar duas para agüentar o peso; uma para o sabão em pó, porque ele não pode ir junto com os alimentos; outra para o pãozinho, que está quentinho e não pode ser amassado ou esfriado pelo refrigerante. Total: quatro sacolas de plástico!
E quando fazia aquelas compras enormes, as chamadas "compras de mês"?!... Acabava sobrando, no mínimo, uma sacola cheia de sacolas...
Como jogá-las no lixo eu nunca consegui - me sinto uma perdulária fazendo isso -, ia guardando, e depois de lotar o puxa-saco da cozinha, socando-as em algum canto de armário.
Cansada disso, passei a usar caixas de papelão. Essas caixas, depois das compras, ou vão para o canto da lixeira do prédio, para que possam ser levadas por catadores de papelão, ou as envio para a escola do meu filho, onde as professoras as utilizam em atividades artísticas com as crianças. Sacola de supermercado tem sido usada apenas para embalar produtos que podem vazar, como água sanitária e amaciante e depois como saco de lixo.
Quanto plástico tenho deixado de lançar no meio ambiente com essa atitude? Quantas árvores estão sendo poupadas com o reuso dessas caixas de papelão? Certamente muito pouco ou, na linguagem dos físicos, em quantidade "desprezível". Mas não será desprezível se eu, você e tanta gente por aí também o fizer.
Não acredito que nós consumidores poderemos alavancar, sozinhos, as grandes mudanças que os problemas ambientais exigem. Há, com certeza, questões que não serão resolvidas apenas pelas atitudes conscientes que tomamos na esfera privada, mas, pelo contrário, exigem a mobilização da sociedade como um todo. Mas aquilo que depende da nossa ação individual não precisa esperar mais nada: ela pode se manifestar agora, a partir da nossa própria disposição e vontade de contribuir, ainda que humildemente, para a construção de um mundo cada vez melhor.

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