sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Retomando o blog numa reflexão para o dia 29 de novembro, o dia sem compras

Depois de meses sem escrever sequer uma linha - na verdade, iniciando vários posts, mas sem conseguir concluir nenhum por absoluta falta de tempo - aproveito a comemoração do "buy nothing day" para voltar a bloggear, ainda que num texto curto, rapidinho.


O "buy nothing day" ou "dia sem compras" é uma iniciativa da ONG canadense Adbusters (http://www.adbusters.org/), um evento que se repete anualmente desde 1993. A sua proposta é de passar um dia inteiro sem compras como protesto e forma de reflexão sobre o consumismo. Na América do Norte a data é comemorada hoje, mas nos demais países, amanhã, dia 29 de novembro.


A iniciativa é louvável. Afinal, os diversos problemas ambientais que enfrentamos estão relacionados, com maior ou menor mediatidade, ao consumo. No entanto, antes de pensarmos sobre nossos hábitos de consumo propriamente ditos, minha proposta para hoje é de assumir uma outra perspectiva, procurando refletir sobre quanto desses hábitos são determinados por nossas escolhas e gostos pessoais e quanto é influenciado por pressões externas do meio social, principalmente da publicidade e da lógica da produção. Será que ainda conseguimos divisar o que realmente é prazer ou gosto pessoal, e o que é uma mera resposta aos estímulos externos? Será que gostamos tanto assim da novidade, do inédito, do mais moderno ou simplesmente nos condicionamos a estar insatisfeitos, em constante estado de busca? Enfim, o desejo por consumir excessivamente é uma condição inata do ser humano, que aflora e cresce por si própria dentro de cada um, ou é um paroxismo da nossa organização social?


Um comentário:

Anônimo disse...

...entao, moniquita,
eu nem sabia do dia sem compras.
Aliás,eu nem lembro se comprei ou não alguma coisa no dia 29 (pão quentinho de manhã já fura o projeto?)
Mas sei que faz um tempão que não compro nada: nem o lance do consumo, nem o lance do prazer, nem o lance da necessidade.
Mas não fico brava por causa disso, vamos adiante, afinal, "tá dando pra se viver, e na cidade de sao paulo, o amor é imprevisivel..."
Esse negócio de consumismo é fogo, e o mais difícil é conversar sobre isso com uma adolescente de 12 anos.
Mas vamos lá, nao é?
Beijinho.